O influenciador Júlio Cocielo virou réu em uma ação sobre racismo. Se o youtuber for condenado, ele pode pegar entre 2 e 5 anos de prisão. Por isso, a defesa do influencer está trabalhando arduamente.
As postagens utilizadas pela promotora para formar o caso foram feitas entre os dias 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018. A maioria delas eram posts no Twitter.
Porém, o que mais gerou polêmica nas redes sociais foi o de 2018. Durante a Copa do Mundo ele se referiu a um jogador negro da França da seguinte forma:
“Mbappé conseguiria fazer um arrastão top na praia, hein”
Por isso, as redes sociais criticaram muito a atitude do influenciador. Esse fato foi causador de um vídeo do influenciador dizendo que entendeu o que é racismo estrutural e que se arrependia de muitos posts:
“Hoje eu leio tudo aquilo que eu postei e me sinto envergonhado. Foram coisas absurdas”.
Entretanto, ao se tonar réu no caso de racismo, Júlio Cocielo – que apagou 50 mil posts – disse que não é racista.
Mas será que a justiça vai pensar da mesma forma?
Os posts de Júlio Cocielo
Júlio Cocielo não é o único influenciador digital acusado de fazer posts de conteúdo racista. Entretanto, foi um dos poucos a ser formalmente acusado na justiça.
O influencer de 27 anos tem 10 dias para apresentar defesa e testemunhas. Mas quais os posts que fizeram com que o caso fosse levado para a justiça?
Entre os exemplos citados pela promotora estão:
“Porque o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado, KKK #maldade”.
“Nada contra os negros, tirando a melanina…”.
“O Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.
Outra ação contra o influenciador
O Ministério Público já havia movido uma ação contra Cocielo, mas era uma ação civil pública. Nela, o MP pede que o influenciador pague indenização de R$7,5 milhões.